sábado, 7 de julho de 2012

As melhores tardes do mundo.

E quando tudo mais der errado
e todas as portas se fecharem
E um temporal começar
Eu vou correr pro nosso abrigo.
E nós três vamos nos encontrar lá.

Vamos nos sentar na cama,
cobrir a janela com um lençol
 e assistir tv
enquanto o mundo desaba lá fora.

E a gente vai rir.
De nós mesmas e de todo o resto.
Vamos comer pipoca, comemorar o Hallowen e tentar entender o mundo.

E quando a tempestade acabar
vamos sorrir pro Sol.
Então, infelizmente, vamos ter que nos separar.

Sozinhas,
vamos nos lembrar que, na verdade,
nós nunca estaremos sozinhas.
Porque tem coisas que têm que ser pra sempre.

Quando estiver difícil e as lágrimas teimarem em cair
corram até mim, que eu vou abrigá-las no meu peito.
 E só deixo vocês sairem de lá quando estiverem com a barriga doendo de tanto rir.

sábado, 30 de junho de 2012

Um retrato daquela tarde.

E eu quis pintar um retrato daquela tarde:
uma sala de jantar elegante
uma anfitriã só ternura
quatro "gatos-bibelôs"
alguns visitantes
Guloseimas
e uma despedida.

Quando essas tintas preencheram a tela
vi que algo destoava.
Recomecei.

Uma mesa de vidro.
Um chão de madeira.
Lágrimas. Muitas.
Ombros amigos.
Doçura maternal.
Uma despedida.

Encarei minha obra por um tempo.
Ainda faltava algo.
Chorei.

Repintei:
Coração [tinha muito]
Insegurança
Confissões
Desejo de parar o tempo
E uma despedida.

Parei de novo.
Imperfeito.
Desisti.

Por fim,
pintei uma tela de vermelho carmim.
E escrevi, com tinta branca "saudade".
Bem grande. Bem no meio de tudo.

sábado, 16 de junho de 2012

Ao som de sua música preferida, ela dançava.
Sem ritmo, sem coreografia...
Ela só balançava o corpo, se imaginando a mais linda dançarina.
No final, fazia uma reverência ao público imaginário.
E até agradecia as rosas jogadas no palco (que na verdade era apenas a solidão do seu quarto).
E ela conseguia escutar os aplausos dos fãs apaixonados.
Deslumbrante, fazia outra reverência.

E lhe diziam que era tudo sonho.
Mas, com um dar de ombros, ela só sorria.
E ia embora, alegre, para mais um espetáculo.
Ela era feliz assim... Que importava o que os outros diziam?

quarta-feira, 18 de abril de 2012

"Alegriazinha" que só eu mesma poderia me trazer. ;)

9h19.
O telefone toca, me despertando de um sonho estranho.
E era eu do outro lado da linha.
Sento e converso comigo mesma por horas.
Rio. Quase choro. Relembro. Sinto saudade. Amo.

 
12h57.
Desligo o telefone, com um sorrisão no rosto.
Poderia conversar comigo mesma por horas e horas.
Até em silêncio seria interessante ficar comigo.

O resto do dia.
"Alegriazinha" que só eu mesma poderia me trazer.




"O que é um amigo? Uma única alma habitando dois corpos."
(Aristóteles)

Obrigada, meu outro eu.
Amo você.

Relembrando... :)


Para a minha amiga-irmã-siamesa Rayana Moura (a desenvolvedora de pessoas). ^^

 

quarta-feira, 11 de abril de 2012

E fica uma nostalgia pairando no ar.

Não sei o que me dá às vezes...
Essa inconstância de humor. Essa seriedade atípica. Esse choro compulsivo.



Daí vem essa ânsia de escrever. E também o desejo de que alguém leia o que estou escrevendo e comente. E o secreto "querer que alguém goste".



E vem necessidade de ficar só. Me trancar no meu espaço. Sem palavras alheias, sem olhares por todo lado.

Só silêncio, no meio da minha "explosão atlântica" * particular.

E fica uma plaquinha pendurada no pescoço dizendo "fechado para balanço", enquanto eu coloco as coisas no lugar.



E fica uma nostalgia pairando no ar.
À espera de velhos abraços, velhas risadas, velhos amigos.



Hoje, sentada na Praça Maciel Pinheiro, me peguei pensando numa época em que eu achava "que tudo era pra sempre, sem saber que o 'pra sempre' sempre acaba." **
E eu vi o passado.
 Em roda, brincando de ser ator.
Sentados na praça, filosofando besteiras.
Andando de mãos dadas, com sorrisos eternos nos rostos.
Esperando na janela e acenando de longe.
Eu vi o passado. E eu queria estar lá de novo.
E eu sabia que não podia.
E esse saber dói pra caramba.

Bonito mesmo é ser atemporal. 







*Da música Rosa-dos-ventos, de Chico Buarque.
** Da música Por Enquanto, do grandioso Renato Russo.

terça-feira, 10 de abril de 2012

A Inusitada Arte De Sorrir Nos Ônibus

Meu mais novo passatempo no ônibus é escutar música. Antes eu não gostava muito, pois tinha que colocar o mp4 no último volume, já que é um ambiente muito barulhento. Mas eu não queria ouvir no último volume, pra não ficar surda. Não sei o que mudou ultimamente, mas agora eu escuto. E com isso. adquiri um novo hábito. Não sei se é a música que me deixa animada demais, mas esse costume só veio depois dessa história de música no ônibus. E é desse novo costume que quero falar nessa postagem.

Pode me chamar de louca, criança e perturbada (na verdade, não pode não!), mas não há nada mais divertido pra se fazer enquanto não se chega ao destino desejado, do que sorrir pras pessoas que estão na rua.

Se você observar bem os seus rostos, geralmente elas são muito sérias. Ou desanimadas. E isso é tão triste. Não custa nada abrir aquele sorrisão pra essas pessoas! (e quem sabe até acenar?!) Todo mundo merece ganhar um sorriso. Todo mundo merece dar um sorriso.

Então, toda vez que entro num ônibus, procuro logo um lugar na janela, coloco os fones de ouvido e sorrio pro mundo. A maioria das pessoas não vê (eis um fato que constatei quando iniciei essa "carreira"), mas quando alguém vê, é muito legal. Dá vontade de rir ainda mais, quando se vê a expressão das pessoas tentando descobrir se me conhecem de algum lugar, ou apenas pensando "bichinha... deve ter probleminhas!" Mesmo que não mude em nada o dia dessas pessoas, isso já muda o meu dia. Me deixa mais feliz. Aquela história de "Hahahahaha... Mas eu tô rindo à toa.Não que a vida esteja assim tão boa, mas um sorriso ajuda a melhorar". ^^

É divertido sorrir também pras pessoas que estão em outros ônibus. Se ocorrer de os ônibus se emparelharem de novo, essas pessoas vão te procurar. E você vai ter vontade de sorrir ainda mais. E quem sabe elas não acabam sorrindo também?

A maior alegria nessa história é quando alguém sorri de volta.
"Parabéns pra mim, consegui mudar o dia de alguém."
 Sorrisos têm poder.

Por favor, não me chame de louca; não me julgue.
Se acha estranho, por que não testa ao menos uma vez? Se não se sentir melhor do que estava antes, pode deixar pra lá então...
Mas comigo funciona. 

"O sorriso enriquece os recebedores sem empobrecer os doadores."
(Mario Quintana)


PS: Se ver alguém, de dentro de um ônibus, sorrindo pra você, pode ser que seja eu. Ou um de meus seguidores. :D







quinta-feira, 8 de março de 2012

"Just say I do"

Eu quero o som de uma flauta. E rosas, muitas rosas.E um campo infinito de rosas.

Eu quero um jardim, onde eu possa deitar, olhar o céu (sabendo que ele está em todo lugar) e gritar juras de amor.



E eu quero a mão dele. Seus braços. Seu ombro. Quero a sua voz, dizendo docemente no meu ouvido: "besteira". Um "besteira" que acalma a fúria dos mares.

Eu  quero aquele abraço mais uma vez. E outra... E outra.

Eu quero chuva também. Um oceano inteiro sendo derramado, pouco a pouco. Ah, um beijo na chuva! E ver o pôr-do-Sol no Marco Zero. E cantar canções de amor pelas ruas do Recife Antigo. Ah, e tem que ter frio na barriga também. Coração batendo forte. O charme da incerteza.

Eu quero pegar no seu novo corte de cabelo e fazê-lo sorrir. E brincar com suas bochechas, seus lábios, seus olhos.

E eu quero a certeza do seu charme na minha vida. Pra sempre.





"Just say I do"