quarta-feira, 11 de abril de 2012

E fica uma nostalgia pairando no ar.

Não sei o que me dá às vezes...
Essa inconstância de humor. Essa seriedade atípica. Esse choro compulsivo.



Daí vem essa ânsia de escrever. E também o desejo de que alguém leia o que estou escrevendo e comente. E o secreto "querer que alguém goste".



E vem necessidade de ficar só. Me trancar no meu espaço. Sem palavras alheias, sem olhares por todo lado.

Só silêncio, no meio da minha "explosão atlântica" * particular.

E fica uma plaquinha pendurada no pescoço dizendo "fechado para balanço", enquanto eu coloco as coisas no lugar.



E fica uma nostalgia pairando no ar.
À espera de velhos abraços, velhas risadas, velhos amigos.



Hoje, sentada na Praça Maciel Pinheiro, me peguei pensando numa época em que eu achava "que tudo era pra sempre, sem saber que o 'pra sempre' sempre acaba." **
E eu vi o passado.
 Em roda, brincando de ser ator.
Sentados na praça, filosofando besteiras.
Andando de mãos dadas, com sorrisos eternos nos rostos.
Esperando na janela e acenando de longe.
Eu vi o passado. E eu queria estar lá de novo.
E eu sabia que não podia.
E esse saber dói pra caramba.

Bonito mesmo é ser atemporal. 







*Da música Rosa-dos-ventos, de Chico Buarque.
** Da música Por Enquanto, do grandioso Renato Russo.

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